UNESCO Bandeiras

Em 1945, a criação da UNESCO responde a uma forte convicção das nações marcadas por dois conflitos mundiais em menos de uma geração: os acordos económicos e políticos não bastam para construir uma paz duradoura. Esta deve ser estabelecida com base na solidariedade intelectual e moral da humanidade.

A UNESCO concorre para construir redes entre as nações para tornar esta solidariedade possível:

  • Mobilizando-se para que cada criança, rapariga ou rapaz, tenha acesso a uma educação de qualidade, como direito humano fundamental e condição do desenvolvimento humano.
  • Favorecendo o diálogo intercultural pela proteção do património e a valorização da diversidade cultural. A UNESCO inventou a noção de Património Mundial para proteger os sítios de valor universal excecional.
  • Desenvolvendo projetos de cooperação científica – sistemas de alerta precoce aos tsunamis, gestão das águas transfronteiriças – que reforçam as ligações entre as nações e as sociedades.
  • Velando pela proteção da liberdade de expressão, como uma condição essencial da democracia, do desenvolvimento e da dignidade humana.

Atualmente, a mensagem da UNESCO reveste-se de uma importância acrescida. Juntos temos que implementar políticas mais bem integradas, capazes de abordar as dimensões sociais, ambientais e económicas do desenvolvimento sustentável. A reflexão contemporânea sobre a «sustentabilidade» do desenvolvimento reafirma os princípios fundadores da Organização e o seu papel encontra-se assim naturalmente reforçado:

  • Num mundo globalizado, onde as sociedades se interligam e se misturam, o diálogo intercultural é uma necessidade vital, para vivermos melhor juntos na nossa diversidade.
  • Num mundo incerto, o futuro das nações não depende apenas do seu capital económico ou dos seus recursos naturais, mas da sua capacidade coletiva para compreender e antecipar as mutações do ambiente, através da educação, da investigação científica, da partilha do conhecimento.
  • Num mundo instável, marcado por movimentos de abertura democrática, a emergência de novas potências económicas e de sociedades fragilizadas por fatores de stress múltiplos, os tecidos educativos, científicos, culturais e o respeito pelos direitos fundamentais garantem a resiliência e a estabilidade das sociedades.
  • Face à emergência de uma economia criativa e das sociedades do conhecimento, e o desenvolvimento da Internet, a participação ativa de cada um no novo espaço público mundial é uma condição para a paz e o desenvolvimento.

A UNESCO é conhecida por ser a organização «intelectual» das Nações Unidas. No momento em que o mundo procura novos caminhos com vista a construção da paz e ao desenvolvimento sustentável, temos de contar com o poder da inteligência para a inovação, para alargar os nossos horizontes, para fazer viver a esperança num novo humanismo. A UNESCO existe para dar a esta inteligência os meios para se desenvolver, pois é no espírito dos homens e das mulheres que devem ser erguidos os baluartes da paz, e as condições do desenvolvimento sustentável.

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