dia internacional da mulher 2016

Mensagem de Irina Bokova, Diretora geral da UNESCO

Em 2015, todos os países do mundo concordaram com a nova Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Para a UNESCO, ambos os instrumentos constituem um mesmo programa cujo objetivo é fomentar os direitos humanos e a dignidade, erradicar a pobreza e proteger o planeta.

A promoção da igualdade de género, enquanto direito humano fundamental e força transformadora para um desenvolvimento mais justo, inclusivo e sustentável, ocupa um lugar central nesta agenda. Por este motivo, em 2016, o Dia internacional da mulher será subordinado ao tema: “Planeta 50-50 em 2030: Dar o passo para a igualdade de género”.

Enquanto prioridade global, a igualdade de género guia a ação da UNESCO nos domínios da educação, ciências, cultura, comunicação e informação. Estes objetivos que norteiam os esforços envidados pela Organização para criar novas oportunidades, nomeadamente através da educação, apoiando-se em iniciativas tais como a Aliança mundial para a educação das raparigas e das mulheres e as atividades financiadas pelo Fundo Malala para o direito das raparigas à educação.

A ação da UNESCO inscreve-se numa parceria à escala do sistema das Nações Unidas, nomeadamente numa colaboração cada vez mais estreita com a ONU-Mulheres e com o setor privado, de que o programa L’Oréal-UNESCO para as mulheres na ciência, de apoio às raparigas e mulheres que optaram por uma carreira científica, é um exemplo.

Observam-se progressos em todo o mundo, mas falta ultrapassar importantes obstáculos para se alcançar uma verdadeira igualdade para todas as raparigas e mulheres. A nova Agenda mundial só dará frutos se todos os países promoverem os direitos, o engenho e a inovação de todos os cidadãos, começando pelas raparigas e mulheres.

Esta questão será debatida aquando da 60ª sessão da Comissão sobre a condição da mulher subordinada ao tema “Autonomização das mulheres e relação com o desenvolvimento sustentável”. Um tema muito oportuno no contexto do exame e da avaliação da aplicação, vinte anos após a sua adoção, da Declaração e da Plataforma de Ação de Pequim, mas também da adoção da Agenda de ação de Adis Abeba e da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.

Fazer avançar estes objetivos é avançar rumo à igualdade de género e à autonomização de todas as raparigas e mulheres. O ano de 2016 é um ano charneira pois temos que pôr em prática uma nova visão que se inspire nos ensinamentos retirados e defina novas ações a levar a cabo para abraçar os novos desafios mas também aqueles que ainda subsistem.

Neste espírito, apelo a todos os Estados membros e parceiros da UNESCO para que unam as suas forças na promoção da igualdade de género em todas as sociedades. Com efeito, não existe força mais poderosa de promoção da justiça, do desenvolvimento sustentável e de uma paz duradoura.

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